Conheça alguns dos novos ministros do governo Temer
- Em Primeira Mão: "Quem lê gosta"
- 12 de mai. de 2016
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Temer foi notificado as 11 horas e 25 minutos pelo senador Vicentino Alves do PR- TO, primeiro secretário do Senado.
Logo após ter sido notificado da decisão, que aprovou na manhã desta quinta-feira (12) a abertura de processo de impeachment e o afastamento por até 180 dias de Dilma Rousseff da Presidência da República, o vice-presidente Michel Temer anunciou por meio de sua assessoria os nomes dos ministros que integrarão o ministério do novo governo.
Antes de notificar Temer, no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, Alves já tinha intimado a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
Partidos que integraram a base de Dilma, como o PP e o PSD, decidiram apoiar o impeachment da presidente dias antes da votação na Câmara e integrarão o governo Temer.
Dois ex-ministros da presidente afastada, que saíram há pouco tempo, voltarão a ser ministros: Henrique Alves (Turismo) e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia e Comunicações).
Por outro lado, partidos que sempre fizeram oposição a Dilma, como PSDB, DEM e PPS, agora passam a ser governo e vão comandar ministérios da gestão de Michel Temer.
Conheça alguns dos nomes anunciados nesta quinta para assumir os Ministros do novo governo:
Ministro da Defesa

Raul Jungmann (PPS-PE), deputado federal e consultor de empresas, natural do Recife, ele foi ministro de Fernando Henrique Cardoso. Na época foi o principal responsável por questões fundiárias no país, chefiando o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) entre 1996 e 2002.
Nos anos 1990, foi secretário de Planejamento do governo de Pernambuco, no governo de Carlos Wilson. Durante o governo de Itamar Franco, assumiu a Secretaria Executiva do Ministério do Planejamento.
Foi filiado ao MDB entre 1972 e 1994. Ajudou a fundar o PPS, permanecendo no partido até 2001, quando o deixou para integrar o PMDB. Dois anos depois, em 2003, voltou para o PPS, permanecendo filiado à sigla até hoje.
Entre os anos 2003 e 2010, atuou como deputado federal por dois mandatos consecutivos. Entre as funções, foi vice-presidente da CPI das Sanguessugas, que investigou um esquema de corrupção envolvendo ambulâncias.
Em 2011, foi conselheiro da Light S.A., controlada pela estatal Cemig, em MG, e conselheiro da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo e da Prodam (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação). Em 2012, foi eleito vereador no Recife e, em 2015, retornou à Câmara Federal.
No ano de 1995, assumiu a presidência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o Ministério Extraordinário de Política Fundiária e o recém-criado Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Foi um dos autores da proposta de emenda constitucional que colocou fim ao pagamento de “jetom” aos deputados e senadores por convocações extraordinárias no Congresso.
Na Frente Brasil Sem Armas, defendeu o fim da comercialização de armas no país.
Além disso, foi um dos principais críticos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e à política agrária do governo Lula.
Chegou a ser investigado por fraude em licitação, peculato e corrupção em contratos de publicidade da época em que foi ministro do Desenvolvimento Agrário, entre 1998 e 2001. Os contratos somavam R$ 33 milhões. A Justiça Federal arquivou o inquérito.
Ministro do Turismo
Foto: Klênyo Galvão/G1

Nomeado como ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, tem 67 anos, ocupa o cargo de deputado federal há 11 mandatos consecutivos, desde 1971 até o ano passado pelo PMDB do Rio Grande do Norte, foi Presidente da Câmara dos Deputados entre os anos de 2013 e 2015. Concorreu ao cargo de governador do Rio Grande do Norte nas eleições passadas No primeiro turno, teve 78.582 votos a mais que seu adversário Robinson Faria. No segundo turno, no entanto, houve a virada, e o peemedebista foi derrotado, com 45,58% dos votos. Em abril daquele ano, tornou-se ministro do Turismo, entrando no lugar de Vinícius Alves, afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros. Neste ano, no quadro de instabilidade política, Alves foi o primeiro dos sete ministros do PMDB a pedir demissão, sua saída ocorreu em 28 de março, um dia antes da reunião em que seu partido decidiu romper com o governo petista.
Ministro de Fiscalização, Transparência e Controle

Fabiano Augusto Martins Silveira, 41 anos, casado pai de dois filhos, é conselheiro no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo segundo mandato.
Fez Bacharelado em 1998, mestrado no ano de 2003 e doutorado em 2008 em direito, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). além de realizar estudos doutorais na Università degli Studi di Roma – La Sapienza entre 2006 e 2007.
É consultor legislativo do Senado Federal para as áreas de direito penal, processual penal e penitenciário desde 2002. Foi membro da Comissão de Reforma do Código de Processo Penal do Senado Federal (2008/2009) e do Comitê Gestor do II Pacto Republicano de Estado por um Sistema de Justiça mais Acessível, Ágil e Efetivo (2009/2010).
O conselheiro também foi professor substituto da Faculdade de Direito da UFMG e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). É professor convidado de cursos de especialização e pós-graduação de diversas instituições públicas e privadas. Cumpriu ainda mandato como conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no biênio 2011/2013.
Exerceu o mandato de conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) biênio 2011-2013. Ocupou a função de ouvidor-geral do CNJ no périodo de 14/01/2015 à 14/01/2016.
Também fará parte dos novo governo Temer:
Maurício Quintella Lessa
Nasceu em Maceió em 1971. Ele se formou em direito no Centro de Ensino Superior de Maceió e chegou a curso engenharia civil na Universidade Federal de Alagoas, mas não concluiu o curso. Se elegeu deputado federal pela primeira vez em 2002 pelo PSB, mas se licenciou do mandato para exercer o cargo de secretário extraordinário metropolitano de Alagoas, de 2003 a 2005.
Foi escolhido para assumir a pasta de Transportes. Ele já foi líder do seu partido- PR, na Câmara dos Deputados, mas deixou a liderança para votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Seu primeiro cargo de destaque na política foi o de vereador, eleito em 1996 pelo PSB. Voltou a exercer a função após nova vitória nas eleições de 2000. Antes disso, foi técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas e secretário municipal de Educação da Prefeitura de Maceió.
Quintella Lessa se Foi também secretário de Educação do estado entre 2004 e 2005. O político voltou a se eleger deputado federal em 2006 pelo PDT e em 2010 e 2014, pelo PR.
Gilberto Kassab (PSD), ele que é o Fundador e presidente nacional do PSD, o ex-prefeito de São Paulo e novo ministro de Ciência e Tecnologia e Comunicações, já foi ministro das Cidades do governo Dilma e vice-prefeito de José Serra (PSDB) na cidade de São Paulo, a quem sucedeu como prefeito em 2006.
José Serra, 74, foi escolhido ministro das Relações Exteriores do governo de Michel Temer. Natural de São Paulo, do bairro da Mooca, Serra já foi ministro de Planejamento e da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso. Um de seus programas foi a lei de incentivo aos medicamentos genéricos.
Atualmente senador, Serra foi um dos fundadores do PSDB , em 1988. Antes, em 1978, também ajudou a fundar o PMDB, a partir do MDB.
Da lista de ministros anunciadas por Temer nesta quinta, nove são deputados: Mendonça Filho (DEM-PE), Ricardo Barros (PP-PR), Ronaldo Nogueira (PTB-RS), Osmar Terra (PMDB-RS), Sarney Filho (PV-MA), Bruno de Araújo (PSDB-PE), Maurício Quintella (PR-AL), Raul Jungmann (PPS-PE) e Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
Esses deputados comandarão pastas como Educação, Esporte, Defesa, Cidades, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social e Agrário.
Até o Senado deliberar sobre o impeachment de Dilma, o governo contava com 32 ministérios e, com Temer, esse número deve cair. Algumas pastas, como a Secretaria de Comunicação Social, perderão o status de ministério.
O mesmo valerá para os ministérios do Desenvolvimento Social e Desenvolvimento Agrário, unificados em uma pasta, assim como os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Comunicações.
Já outros ministérios mudam de nome, como a antiga Controladoria-Geral da União (CGU), que passará a ser o Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle.
Fazenda Henrique Meirelles
Planejamento Romero Jucá (PMDB)
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Marcos Pereira
Relações Exteriores (inclui comércio exterior) José Serra (PSDB)
Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB)
Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB)
Secretaria de Segurança Institucional (inclui Abin) Sérgio Etchegoyen
Educação e Cultura Mendonça Filho (DEM)
Saúde Ricardo Barros (PP)
Justiça e Cidadania Alexandre de Moraes
Agricultura Blairo Maggi (PP) Trabalho Ronaldo Nogueira (PTB)
Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra (PMDB)
Meio ambiente Sarney Filho (PV) Cidades Bruno Araújo (PSDB)
Ciência e Tecnologia e Comunicações Gilberto Kasssab (PSD)
Transportes Maurício Quintella (PR)
Advocacia-Geral da União (AGU) Fabio Medina
Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU) Fabiano Augusto Martins Silveira Defesa Raul Jungmann (PPS) Turismo Henrique Alves (PMDB) Esporte Leonardo Picciani (PMDB)
Minas e Energia entre PMDB e PSB
Integração Nacional entre PMDB e PSB
Da Redação: Em primeira Mão: "Quem lê gosta"
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