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Partidos fazem discursos a favor e contra o impeachment da Presidente

  • Em Primeira Mão: "Quem lê gosta"
  • 16 de abr. de 2016
  • 6 min de leitura

Políticos que representam os 25 partidos com bancadas na Câmara começaram, poucos minutos depois das 11:00 da sexta-feira dia 15, a se apresentar no plenário sobre suas posições, no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.


Cada legenda disponibiliza de uma hora para se pronunciar e os líderes podem escolher até cinco deputados para os discursos.


Pela ordem de fala o PMDB é o primeiro a expor pois é o que apresenta a maior bancada. O primeiro dia da sessão, na sexta começou com o discurso de 25 minutos do jurista Miguel Reale Júnior, autor do pedido de impeachment, seguido por pronunciamento, também de 25 minutos, do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.


Miguel Reale Júnior afirmou que Dilma cometeu um “golpe” ao “quebrar o país” e “mascarar” a situação econômica, para garantir a reeleição, já Cardozo afirmou que o processo de impeachment teve início num “ato viciado”, fruto de uma “retaliação” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).



No discurso do PMDB, o líder na câmera, Leonardo Picciani (RJ), disse que a bancada do partido decidiu, por maioria, que votará a favor do impeachment e que, portanto, vai orientar voto pela continuidade do processo, embora seja pessoalmente contrário ao afastamento da presidente.


Em seguida, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) argumentou que a presidente Dilma “não reúne mais condições para governar”. O deputado Osmar Serraglio sustentou que a população não aguenta mais um governo do PT.


Já deputados do PT, usaram a tribuna para argumentar que o processo de impeachment se trata de um “golpe” e que a Constituição não prevê “recall” de presidente por baixa popularidade.


O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que está em curso um “golpe parlamentar” que, segundo ele, “tem raízes na imprensa e no empresariado”. Ele acusou ainda a oposição de querer “voltar ao poder numa conspiração através de um golpe parlamentar”.


A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que Dilma é honesta e citou programas sociais criados nos governos do PT.


Por fim o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), último a falar em nome do PT, destacou que, para um presidente ser afastado, é preciso que se comprove o cometimento de crime de responsabilidade com dolo, ou seja, que tenha havido a intenção de praticar a irregularidade.


Na vez do PSDB, fazer o discurso, o deputado Carlos Sampaio (SP) foi o primeiro, é chegou a classificou como “imprestável” a defesa da presidente Dilma Rousseff feita pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Ele falou ainda que, Cardozo, amesquinhou o papel da AGU ao defender “Dilma e seu cargo”.


Já o deputado Jutahy Júnior (BA) fez uma citação comparando o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor em 1982, apresentando que o mesmo artigo da Constituição Federal justifica o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Os deputados do PP, partido esse, que desde o início do primeiro mandato da presidente Dilma, fez parte da base aliada do governo, anunciou na última terça-feira dia 12, que estavam rompendo com o governo.


Nos discursos que fizeram,favoráveis ao impeachment, o deputado Espiridião Amin (PP-SC) afirmou que não sente "peso na consciência" de defender o impeachment de Dilma, já o deputado Marcus Vicente (PP-ES) criticou a falta de controle de gastos públicos do atual governo.


Os deputados do PR usaram quase todo o tempo da legenda para defender, em plenário, a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, contrariando a orientação da Executiva Nacional do partido que é contrária ao impedimento.


O deputado Maurício Quintella Lessa (AL), disse: “A meu ver, a presidente da República cometeu vários crimes de responsabilidade. Por isso, eu, no domingo, vou votar a favor do processo de impeachment”,


O líder do PR, Aelton Freitas foi o último a fazer seu discurso. Ele disse que não vê cometimento de crime por parte de Dilma. O presidencialismo é um sistema de governo e o presidente não pode ser afastado por mera decisão política ou circunstância de impopularidade", destacou.


Por parte do PSD, o deputado Heuler Cruvinel (PSD-GO) afirmou que "o melhor para o Brasil é o impeachment" de Dilma Rousseff. Disse, ainda, que o PSD apoiará a governabilidade do futuro presidente.


Lembrando que na quarta-feira 13-04, o partido oficializou posição favorável à continuidade do processo de impeachment da presidente. O delegado Éder Mauro (PA) chamou de "câncer" o governo da presidente Dilma e disse acreditar que a "maioria esmagadora" do partido vai votar a favor do impeachment. Ele disse ainda que o PT "quebrou o Brasil". "O impeachment já não está sendo julgado só pelas pedaladas fiscais", disse.


O partido PSB, apesar da executiva nacional ter anunciado na segunda-feira 11-04 que apoia o processo de impeachment em tramitação na Câmara, o deputado Flavinho (PSB-SP) disse que o afastamento de Dilma Rousseff não é “a melhor solução” para o país. No entanto, segundo ele, não restam opções que não o impeachment. O deputado Danilo Forte (CE) disse ver uma "vontade majoritária, quase unânime, no sentido de dar ao Brasil esse conforto que tanto lutamos. O Brasil precisa se reencontrar com a sua paz".


No DEM, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) afirmou que a presidente Dilma Rousseff permitiu que o governo fosse "dominado" pela corrupção. Já o deputado Cláudio Cajado (BA) segundo a fazer uso da tribuna, afirmou que o Brasil "não será mais o mesmo" a partir da próxima segunda, e declarando posição favorável ao processo de impeachment.


O PRB foi o nono partido a usar a tribuna por uma hora, de acordo com a ordem de bancadas maiores para menores. A bancada do PRB na Câmara decidiu na última terça-feira 12-04 que votará a favor do impeachment de Dilma Rousseff.


Ronaldo Martins foi o primeiro parlamentar do PRB a fazer uso do tempo, ainda no fim da noite desta sexta dia15-04, já o deputado Vinicius Carvalho (SP) afirmou que a crise política tornou a atividade parlamentar "frustrante".


O discurso de Jovair Arantes (GO), marcou os pronunciamentos do PTB já na madrugada deste sábado (16), na Câmara dos Deputados, com seus elogios ao trabalho do relator da comissão especial do impeachment. Arantes faz parte da legenda e foi responsável pela elaboração do parecer, aprovado na comissão na última segunda (11), e que está sob análise do plenário. O deputado Benito Gama (BA) afirmou que o relatório é "claro" ao apontar os crimes de responsabilidade da presidente e, por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) não interveio no andamento do processo. O deputado Luiz Carlos Busato (RS) classificou o relatório de Jovair Arantes como "conciso, preciso e irretocável". "Criticaram o relatório do deputado Jovair, mas esquecem que, na verdade, deveria constar ali centenas e centenas de outros crimes já divulgados e sabidos por nós", disse.


No PDT após uma sequência de discursos de deputados de cinco partidos favoráveis ao impedimento da presidente, subiram à tribuna os deputados do PDT, que defenderam o governo de Dilma na sessão que analisa a abertura de processo de impeachment de Dilma Rousseff. O líder do PDT na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA) disse que o partido vai “ajudar” o país a atravessar a crise política. “Nós temos a responsabilidade de estar nesse momento dentro do governo ajudando, porque nós já estávamos desde o início e nesse momento difícil não iríamos pular feito ratos, porque não somos [ratos]”, disse o parlamentar. O deputado Afonso Motta (RS) Motta comparou o apoio do PDT ao comportamento de partidos como PP, PMDB e PTB, que desembarcaram da base governista no início da semana. "Esses partidos respondiam pela política pública na saúde, da infraestrutura e tantas outras. Dizer, agora, que não tinham participação, que não tinham responsabilidade no governo que criticam é uma falácia", afirmou.


Com o plenário da Câmara quase vazio, parlamentares designados pelo Solidariedade usaram os 60 minutos destinados ao partido na madrugada deste sábado (16) para defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff e atribuir crimes a ela, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a outros membros do PT. O integrante do Solidariedade Wladimir Costa (PA) chegou a estourar confetes na tribuna ao dizer que o governo "dava um tiro nos corações dos brasileiros" e a cantar o hino do Pará, já odeputado Fernando Francischini (PR) listou uma série de ações que, segundo ele, configurariam golpes do governo.

Os deputados do PTN demonstraram que existe uma divisão dentro do partido com relação ao pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Na madrugada deste sábado (16), a sigla foi a 13ª a se manifestar.


A deputada Renata Abreu (SP) foi a primeira a discursar em nome do partido. A parlamentar declarou ser a favor do afastamento de Dilma e que os parlamentares devem “ouvir” a vontade das manifestações de rua do país.


Em seguida, o deputado Bacelar (BA) defendeu o governo de Dilma Rousseff e chamou o processo de impeachment de “golpe”, na sua vez, o terceiro a falar pelo PTN foi o deputado Carlos Henrique Gaguim, que contrariou o colega de bancada, dizendo que “golpe é enganar o povo”.


O partido PC do B, contrários ao processo de impeachment, os parlamentares usaram o tempo de discurso para defender a presidente Dilma Rousseff e criticar o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ex-ministro do Esporte, Orlando Silva (SP), também criticou Eduardo Cunha que, segundo ele, trabalha “na calada da noite” para impor um golpe político contra Dilma Rousseff.


Ao discursar os parlamentares do PSC, já na manhã deste sábado dia 16-04, focaram suas falas em críticas a programas de governo e em temas como o aborto e políticas de gênero. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) criticou a relação de proximidade que, segundo o deputado, o Brasil mantém com Cuba. O deputado Marco Feliciano (SP), criticou as políticas de gênero que o governo teria tentado desenvolver em escolas públicas nas primeiras séries do ensino básico.


Da Redação: Em Primeira Mão: "Quem lê gosta"

Com Informações do G1

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