Paraíba tem 30 casos de H1N1 e vacina conta a gripe é antecipada no estado

De acordo com dados divulgados no dia 08-04, pela Secretaria de Saúde do Estado, 34 casos foram notificados como suspeita da gripe H1N1, destes, 04 foram descartados e outros 30 em investigação.

Os primeiros casos da doença, tratada como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no Estado foram registrados no fim do mês de março, em duas mulheres que estavam internadas na cidade de Campina Grande. A confirmação veio através de exame de laboratório por meio da saliva das pacientes.

Outros casos foram notificados nos municípios de João Pessoa, Esperança, Soledade, Puxinanã, Cajazeiras, Monteiro, Congo, Guarabira e Camalaú.

Os pacientes com sintomas de H1N1, relatam febre alta (acima dos 38°C), dor de cabeça, dores musculares, tosse, dor de garganta e cansaço. Já os casos mais graves apresentam, também dificuldade respiratória, com necessidade de hospitalização para tratamento.

O diagnostico da doença é feito por meio da coleta de exames laboratoriais de rotina e específicos, como secreção da nasofaringe. O material coletado é enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) e encaminhado ao Instituto Evandro Chagas, no Pará, local tido como referencial para a Paraíba.

Segundo a Secretaria estadual, a Paraíba possui três unidades sentinelas (a UPA Oceania, o Hospital Municipal do Valentina e o Hospital Edson Ramalho, ambos em João Pessoa) que são responsáveis nos atendimentos de rotina de casos de H1N1.

O tratamento para casos suspeitos de H1N1 não depende, de acordo com a Saúde do Estado, da confirmação da doença através de exames. Em casos suspeitos, os pacientes passam por administração do Tamiflu, que é um antiviral indicado para combater os sintomas a doença desde a pandemina registrada em 2009.

O Tamiflu tem venda liberada nas farmácias, mas o paciente precisa de autorização médica, através de receita, para adquiri-lo. Os principais cuidados a serem tomados são: lavar bem as mãos com água e sabão antes das refeições, após tossir ou espirrar; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; não levar mãos sujas aos olhos, nariz ou boca; e realizar higienização das mãos, com álcool gel.

Os desencarnes na Paraíba, contabilizam sete casos em investigação, nos municípios de João Pessoa (4), Campina Grande (1), Puxinanã (1) e Camalaú (1).

Em Cajazeira, no Sertão da Paraíba, a 468 km de João Pessoa, o Hospital Regional, confirmou, por meio da assessoria de imprensa, a primeira morte do ano cuja vítima é suspeita de ter contraído o vírus da gripe H1N1. A informação foi divulgada no dia 07-04, e a vítima veio a desencarne na tarde do dia 06-04.

O paciente, um homem de 46 anos, morador da Zona Rural do município de Cajazeiras, deu entrada no hospital no dia 05-04, já com um quadro avançado de sintomas da doença. O paciente ficou internado na UTI da unidade de saúde, mas não resistiu à gravidade do quadro clínico.

Um dia antes, outro paciente havia dado entrada no HRC e foi transferido para UTI de Pombal, também no Sertão, a 371 km da Capital, pois a unidade intensiva de Cajazeiras estava lotada.

Outro caso suspeito da gripe acontece aqui em Matureia- PB, com uma jovem que estava grávida. Ela deu entrada na Maternidade Peregrino Filho, em Patos- PB, no dia 05-04, apresentando um quadro de febre alta e falta de ar.

De acordo com o diretor da maternidade, José Leudo, a equipe médica suspeitou dos sintomas e a transferiu para a cidade de Campina Grande, onde foi recebida no Isea.

Conforme a assessoria de Saúde do município de Campina Grande, ela é tratada como caso suspeito, além de ter que passar por antecipação do parto, já o material coletado da paciente foi enviado para Belém, onde terá ou não a confirmação do caso em 15 dias.

Com relação a campanha de vacinação contra H1N1, que estava prevista para começar somente no dia 30 deste mês, foi antecipada para esse dia 11 de abril em todo o estado. A informação é a da Secretaria de Saúde da Paraíba.

O Dia D de Mobilização Estadual será realizado em 30 de abril, A meta é imunizar 946 mil pessoas, ou seja, 80% do público alvo que são Crianças de 6 meses até menores de 5 anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto) e integrantes do sistema prisional.

As pessoas portadoras de doenças crônicas não -transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação, porém, esse grupo deverá apresentar uma prescrição médica que justifique a vacinação.

A gerente estadual de Imunização, Isiane Queiroga, explicou que a campanha terá início apenas com dois grupos prioritários porque o Ministério da Saúde ainda não encaminhou o total de vacinas que a Paraíba deverá receber para a Campanha deste ano.

O Estado recebeu 240 mil doses da vacina, o que corresponde a 24% do total de um milhão de doses a serem encaminhadas pelo MS para toda a campanha. Isiane disse ainda, que, de acordo com o recebimento das vacinas, o governo do Estado vai ampliar para os outros públicos.

Ela ressaltou a importância de que, nesse momento, apenas aqueles dois públicos prioritários sejam vacinados. “Caso se comece a abrir exceções para outros públicos ou até para quem não está incluído no público alvo, vai faltar vacina para quem realmente tem direito”,

O Estado encaminha as vacinas para as Gerências Regionais de Saúde, que por sua vez, encaminham para os 223 municípios, Já o Ministério da Saúde define os grupos prioritários com base em estudos epidemiológicos. disse Isiane.

A vacina contra a gripe é trivalente, ou seja protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

Inicialmente, a prioridade será imunizar o grupo de risco, formado por gestantes, idosos e menores de cinco anos.

Da redação: Em Primeira Mão: "Quem lê gosta!"

Com Informações do Portal Correio.

SMS- Matureia- PB

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