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- 16 de mar. de 2016
- 3 min de leitura
Estudo mostra: A cada 10 grandes cidades brasileiras, 7 desperdiça 30% da água potável

Um estudo do Instituto Trata Brasil que analisa a situação do saneamento básico nas 100 maiores cidades do país, com concentração de 40% da população, mostra um verdadeiro descaso com a água doce.
Da água tratada, aquela que é boa para o consumo vai embora mais de 30%. Os dados são para cada 10 grandes cidades brasileiras, dessas, 7 estão com esse problema. As causa na maior parte são por: vazamentos nas tubulações, ligações clandestinas e erros de medição de hidrômetros.
Ainda no estudo, das 100 cidades analisadas, apenas 7 perdem 15% ou menos da água faturada - índice apontado como ideal.
Dados recentesde 2014, usados no estudo do Trata Brasil sobre o saneamento no país, são do Ministério das Cidades.
Além dos índices de perda de água faturada, o instituto analisa uma série de indicadores de saneamento para dar notas e fazer um ranking das 100 cidades analisadas.
A cidade com o pior índice de perdas de faturamento é Manaus, com 75%. O indicador médio é de 41,9%.
Segundo o estudo, das 100 cidades analisadas, apenas 36 investiram mais de 30% do que foi arrecadado com água e esgoto na expansão ou na melhoria dos sistemas de saneamento. Os dados são uma média dos últimos 5 anos com dados de saneamento disponíveis (2010 a 2014).
As 20 melhores cidades do estudo investiram juntas, em 2014, R$ 827 milhões em saneamento, com uma média de R$ 71,47 por habitante ao ano entre 2010 e 2014.
Já as 20 piores cidades investiram apenas R$ 482 milhões em 2014, com uma média de R$ 28,20 por habitante ao ano entre 2010 e 2014.
O estudo destaca que, entre 2010 e 2014, o percentual da população com água tratada nas grandes cidades passou de 92,97% para 93,27% - um aumento de apenas 0,3 pontos percentuais. Já o índice de coleta de esgoto passou de 66,84% para 70,37% - um aumento de 3,5 pontos percentuais.
Em nota, o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, manifestou que “a preocupação é que os avanços em saneamento básico não só estão muito lentos no país, como cada vez mais concentrados onde a situação já está melhor.
Na lista das dez cidades com a pior condição na coleta de esgoto, duas não têm nenhum tipo de atendimento do gênero: Ananindeua e Santarém, no estado do Pará. Ainda nesse estado aparece Belém, onde os serviços atendem apenas 12,7% da população.
As demais cidades são: Rio Branco, no Acre, com 21,23% da população atendida; Juazeiro do Norte no Ceará (21,1%); Teresina, no Piauí (19,12%); Manaus, no Amazonas (9,9%); Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco (6,59%); Macapá, no Amapá (5,54%) e Porto Velho, em Roraima (2,04%).
Já em sentido oposto, dos dez municípios com a melhor situação, metade fica no estado de São Paulo, sem contudo, incluir a capital paulista: Franca, com 100% de atendimento; Piracicaba, com 99,95%; Santos, com 98,54%; Ribeirão Preto, com 98,5% e Santo André, com 98%%. Três são de Minas Gerais: Belo Horizonte (100%); Contagem (99,66%) e Uberaba (98%). As demais são: Curitiba, no Paraná com 99,18% e Volta Redonda, no Rio de Janeiro, com 98,96%.
Em relação ao tratamento de esgoto, entre as dez piores, três estão no estado de São Paulo: Bauru (3,75%); Itaquaquecetuba (3,68%) e Mauá (2,69%). Em metade do grupo, não existe nenhum tipo de tratamento: Ananindeua, Santarém, Porto Velho, São João do Meriti e Governador Valadares. Em Nova Iguaçu, o número é bem pequeno (0,05%), e em Belém do Pará (2,25%).
Sobre o acesso à água potável, o levantamento aponta para as 20 cidades com a melhor situação e cobertura total: Belo Horizonte; Campina Grande; Ribeirão Preto; João Pessoa; Curitiba; Canoas; Porto alegre; Santos; são Bernardo do Campo; Diadema; Carapicuíba; Uberlândia e Florianópolis. Jás dez piores são: Ananindeua (26,89%); Porto Velho (31,43%; Macapá (36,92%); Santarém (45,34%); Rio Branco (50,21%); Caucaia (67,58%); aparecida de Goiânia (70,7%); Jaboatão dos Guararapes (73,19%); Gravataí (75,21%) e Belford Roxo (80,05%
Com Informação da Agência Brasil
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