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Caderno 4 de Saúde: Microcefalia- Todas as Informações

  • Em Primeira Mão "Quem Lê, gosta"!
  • 2 de mar. de 2016
  • 4 min de leitura

Ministério da Saúde passou a adotar, novos parâmetros para medir o perímetro cefálico

O Ministério da Saúde passou a adotar, desde a última quarta-feira dia 09-03-2016, novos parâmetros para medir o perímetro cefálico e identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia.


A mudança está de acordo com a recomendação anunciada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.


A aferição do perímetro deve ser feita, preferencialmente, após as primeiras 24 horas do nascimento, ou até a primeira semana de nascimento.


No menino, a medida será igual ou inferior a 31,9 cm e, na menina, igual ou inferior a 31,5 cm. A medida faz parte das adequações que estão sendo realizadas diante dos novos achados científicos, levando em consideração o aprendizado contínuo com descobertas sobre a microcefalia e sua relação com vírus Zika.


O novo padrão está sendo adotado pelo Ministério da Saúde em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde e recebeu avaliação favorável do comitê técnico formado por sociedades científicas médicas e especialistas nas áreas de pediatria, infectologia e genética médica.


Nos bebês prematuros, aqueles nascidos com menos de 37 semanas de gestação , a mudança ocorrerá na curva de referência para definição de caso suspeito de microcefalia.


Vale esclarecer que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê, no nascimento, e continua sendo acompanhado ao longo de toda a infância. E que bebês com o tamanho da cabeça um pouco abaixo da medida de referência, não necessariamente, terão malformações.


O ideal é que a medição do perímetro cefálico deve sempre ser realizada logo após o parto, permitindo que o médico identifique possíveis problemas de forma precoce.


Devido às atuais mudanças, o Ministério da Saúde revisou todas as definições previstas no Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika.


Antes era utilizada a curva de Fenton. Agora, será utilizada a tabela de InterGrowth, que tem como referência a idade gestacional do bebê.


Trata-se de recente estudo internacional do crescimento fetal e do recém-nascido, encomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010 para oito países, entre eles o Brasil, pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e finalizado em 2015.


Com informações do Portal da saúde

Atualizado 02-03-2016

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Saúde faz mapeamento de assistência a bebês com microcefalia

O Ministério da Saúde está mapeando as condições de atendimento dos bebês nascidos com microcefalia em todo o Brasil. O serviço começou no dia 22 de fevereiro e é feito por meio de ligações telefônicas aos familiares cadastrados de cada criança, com o objetivo de identificar os exames já realizados, o efetivo acompanhamento nas redes de Atenção Básica e Especializada, além do início da estimulação precoce e da reabilitação.


Serão contemplados todos os bebês cujos casos tiveram notificação de microcefalia, independentemente da malformação ter sido confirmada ou continuar em investigação. A estratégia visa à identificação do estágio da assistência à saúde de cada criança, além de oferecer apoio aos estados e municípios na organização dos fluxos de atendimento, a partir da elaboração de relatórios.


Durante as entrevistas, os atendentes do serviço de Ouvidoria (136) do Ministério da Saúde abordam sobre os procedimentos clínicos e laboratoriais orientados no Protocolo de Atenção à Saúde e nas Diretrizes de Estimulação Precoce, como a realização da triagem neonatal (testes do pezinho, orelhinha e olhinho) e dos exames de ultrassonografia transfontanela e tomografia. Também são feitas perguntas sobre o atendimento das crianças nos serviços de estimulação precoce, processo que busca extrair o maior potencial da criança, especialmente entre 0 e 3 anos, principal período de desenvolvimento cerebral.

Outra abordagem é o acompanhamento do bebê, tanto na Atenção Básica, por meio da puericultura, em serviços como Unidade Básica de Saúde (UBS), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e Equipe de Saúde da Família (ESF), quanto na Atenção Especializada, em centros de reabilitação.


A previsão é que o contato com os familiares dos bebês da região Nordeste seja concluído até 10 de março. Em seguida, será iniciado o levantamento dos casos dos demais estados com notificação, com expectativa de conclusão até o final de março. A ação será contínua, fazendo com que os familiares de novos casos sejam consultados à medida que ocorra a atualização das notificações. O último Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado no dia 23, aponta que 4.107 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação pelo Ministério e os estados. Desde o início das investigações, em 22 de outubro de 2015, até 20 de fevereiro, foram 5.640 notificações, sendo 950 já descartadas. Ao todo, 583 notificações foram confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita, em 235 municípios de 16 unidades da federação (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul). Destes, 67 já tiveram confirmação laboratorial para o vírus Zika.


Font: Porta da saude: Por Diogo Caixote, da Agência Saúde editado por Jornalismo do Portal da UFS

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